Laboratório de Monitoramento e Processamento (LMP)

O Laboratório de Monitoração de Processos foi criado em 1986, como consequência do desenvolvimento de pesquisas na linha de monitoração de processos nucleares e de uma bem sucedida interação Universidade-Empresa. No Laboratório são realizadas teses de mestrado e doutorado e desenvolvidas pesquisas básicas e projetos de pesquisa aplicada.

Foi através do desenvolvimento de um sistema computadorizado de monitoração em tempo real dos parâmetros de segurança da usina Angra 1, operada por Furnas Centrais Elétricas, que o Programa de Engenharia Nuclear obteve os recursos necessários para construir e equipar o Laboratório de Monitoração de Processos.

Atualmente o LMP suporta as linhas de pesquisa da área de Engenharia de Fatores Humanos do Programa de Engenharia Nuclear.  Estas pesquisas baseiam-se na aplicação de técnicas avançadas de engenharia de sistemas e computação, tais como orientação a objetos, sistemas especialistas, redes neuronais, fuzzy logic e algoritmos genéticos, a alguns problemas da operação de usinas nucleares, e tem como objetivo potencial o de melhorar a segurança e as condições de operação destas usinas. As técnicas citadas emergiram como ferramentas de desenvolvimento de sistemas computacionais nas duas últimas décadas, de um relativo período sem aplicações significativas para um crescimento rápido da tecnologia de processamento de informações.

Uma das principais aplicações das técnicas avançadas usadas no LMP situa-se no desenvolvimento de sistemas de conhecimento, e em particular na inteligência artificial.  Tais sistemas têm um caráter complementar aos sistemas de simulação de engenharia, particularmente na solução de problemas complexos nos quais as simulações de engenharia são proibitivas, seja pelo tempo computacional, seja pela dificuldade de modelagem analítica das mesmas. Dentro destas linhas o desenvolvimento de algoritmos e técnicas de processamento paralelo como ferramenta de suporte também é um dos objetivos de pesquisa do LMP.

Várias aplicações de inteligência artificial têm sido feitas na área da engenharia nuclear, como por exemplo, para diagnóstico do desligamento de um reator nuclear tipo PWR através da técnica de redes neuronais. A simulação de engenharia de tal problema certamente demandaria um longo período de tempo para religar o reator nuclear. Detecção de condições anormais na operação de uma usina nuclear, validação de sinais, monitoração e controle de processos nucleares são outras aplicações da inteligência artificial na engenharia nuclear.

O Laboratório de Monitoração de Processos possui os seguintes equipamentos:

  Dez microcomputadores PC (Pentium, 486/66 e 386);

  VAXstation 3100 (Open VMS);

  Alpha (DEC/OSF);

  IBM-Risc6000 (AIX);

  Xterm NCD para SunOS (ligação com o CRAY).

Estes equipamentos estão ligados em rede Novell 4.1 e Windows/NT com acesso INTERNET, sendo utilizados ainda estações Windows95 e Windows 3.1

As linguagens mais utilizadas são: C/C++, Visual BASIC (3.0 e 4.0), FORTRAN, LISP e OPS-5.